Inteligência Artificial está em quase tudo que usamos hoje em dia e tem potencial de melhorar nossas vidas de muitas maneiras. Existe tecnologia de IA em diferentes áreas de conhecimento, como medicina, transporte, segurança, alimentação, entretenimento, comunicação e muitas outras.
Para Peter Norvig, diretor de pesquisa da Google e pioneiro no ramo de aprendizado de máquinas, o foco da Inteligência Artificial é garantir que essa tecnologia melhore a sociedade como um todo, não apenas para quem tem o controle da mesma. “A Inteligência Artificial provou ser bem eficiente em tarefas práticas… O desafio agora é fazer com que todos se beneficiem dessa tecnologia.”
Outra questão apontada por especialistas é a possível perda de controle dessas Inteligências. Se você der liberdade de escolha para as máquinas, como será possível ter certeza de que elas tomarão as escolhas certas? Em pesquisa feita pela BBC, especialistas do ramo afirmam que tem sérias questões relacionadas aos valores que estão sendo escritos nesses sistemas, e quem é responsável por eles. Existe então, um crescente desejo entre sociólogos e legisladores de garantir que essas tecnologias sejam éticas e justas, mas os conceitos ainda estão bem confusos.
Uma área que entra muito em pauta quando falamos de IA é o mercado de trabalho. Será que com o avanço da Inteligência Artificial, trabalhos mais complexos vão ser tomados por robôs, ou seja, acarretar em milhões de desempregados? Como exemplo temos a China’s Foxconn, grupo de tecnologia que fornece produtos para a Apple e Samsung, anunciando já em 2016 que efetuaria a troca de 50 mil funcionários por robôs, diminuindo seu efetivo de 110 mil para 60 mil trabalhadores.
A previsão quando se fala de desemprego em massa é sempre resultar de forma negativa para a sociedade. Imaginar uma nova super tecnologia que faça de forma extremamente rápida e incansável o trabalho que um ser humano faz de maneira muito mais lenta, acarretaria numa onda de milhões de pessoas desempregadas, causando um impacto social gigante, tanto no sentido econômico como mental.
“Nosso trabalho é menos sobre se preocupar com a ficção científica em que robôs tomam o poder, e mais entender como a tecnologia pode ser usada para ajudar com a reflexão humana e a tomada de decisão, em vez de substituí-la (a humanidade) inteiramente,” disse Zittrain – Professor de Direito em Harvard.
Acima, apresentamos um vídeo de uma palestra ocorrida lá em Portugal, que aborda as questões de ética nesse universo tecnológico, desemprego em massa e o que todo este avanço na Inteligência Artificial pode acarretar na sociedade. O nome da palestrante é Ana Sofia Carvalho, apesar da pesquisa dela ser baseada em dados de países europeus, no nosso país a tecnologia de ponta chega atrasada e super inflacionada, mas em algum momento chega e consequentemente viveremos também toda essa questão.
Apesar do cenário quase que apocalíptico que pode ser pintado em toda essa discussão, podemos caminhar também para uma possibilidade que de fato a IA seja produzida apenas para contribuir com a vida humana. É possível evitar a produção de tecnologias que poderiam causar um distúrbio social, ou ao menos, legisladores e eticistas criarem um conjunto de normas das quais o ser humano, inclusive os menos favorecidos, viessem sempre em primeiro lugar.
